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Bombeiros de Mato Grosso do Sul são um dos pioneiros com nota de instrução para atendimento ao autista

Coorporação busca ser mais inclusiva em parceria com iniciativa da Polícia Militar do Paraná e Associação De Pais E Amigos Do Autista de Blumenau

Referência na prestação de serviço de urgência e emergência, o Corpo de Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul aparece com um dos pioneiros ao adotar uma nova norma de instrução para procedimentos a serem observados nas ocorrências que envolvam pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Essa iniciativa integra uma série de estudos, que foram realizados pela Polícia Militar de Santa Catarina em parceria com a Associação De Pais E Amigos Do Autista (AMA) Blumenau.

Como indica o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, estudos apontam que, aproximadamente, 1 a cada 44 crianças estão no Transtorno do Espectro Autista.

“Então com a iniciativa surgida em Santa Catarina e aplicada pelos bombeiros militares de nosso estado estamos colocando o CBMMS no rol das instituições pioneiras a tratar do tema em nosso país”, salienta a coorporação.

Entre os objetivos, além de sensibilizar os militares, a nota servirá para dar conhecimento aos bombeiros sobre as formas corretas de lidar com pessoas identificadas com TEA, para minimizar os incidentes durante os atendimentos e abordagens.

Além disso, o CBMMS organiza atualmente o 1.º Seminário de Atendimento Integrado à Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que, em conjunto com a nota de instrução, visam lançar o Estado como pioneiro a discutir o tema com instituições de segurança e saúde públicas.

É importante frisar que até mesmo catalogar os atendimentos torna-se um trabalho penoso sem a classificação adequada de procedimentos.

“Por enquanto temos, resumidamente, dois tipos voltadas à saúde mental, mas queremos ir além. Será criado um novo rol, há profissionais da área auxiliando na proposta, e nosso objetivo é conseguir cadastrar, não somente as ocorrências de emergências psiquiátricas, mas também os casos em que uma síndrome, doença ou transtorno mental possam ser fator a ser observado para o bom andamento da missão”, argumenta o Corpo de Bombeiros do Estado.

Na pele

Policial e pai de uma criança com Transtorno do Espectro Autista, Alexandre Figueiredo explica que a nota de instrução é uma porta que se abre para edificar uma sociedade mais justa e inclusiva.

“Dar publicidade a essa iniciativa é um sonho que ora se torna realidade, ampliando a estruturação de uma segurança pública cada vez mais inclusiva”, diz ele.

Responsável pelo projeto Guardião Azul Amigo do Autista, ele ressalta a importância de ter protocolos melhores adaptados às condições das pessoas com deficiência, em especial os autistas

“Desde uma simples orientação, passando pela abordagem até os atendimentos de urgência e emergência, onde a cooperação e integração entre as instituições faz toda a diferença”, conclui Alexandre.

Diante disso, vale ressaltar que, os atendimentos feitos pelo Corpo de Bombeiros acontecem nos mais variados tipos de ocorrências, como por exemplo um acidente veicular que pode ter uma criança com TEA entre as ferragens.

O corpo de bombeiros ressalta que, ainda, não é comum os veículos serem identidificados com as características dos passageiros, sendo assim, pessoas com deficiência auditiva, visual, física ou mental podem estar envolvidas em ocorrência, sem que o centro de operações saiba.

“Portanto, é importante que o Bombeiro Militar consiga identificar características que o levem a suspeitar de condições que necessitem atendimento diferenciado ou, em casos de veículos identificado, como o caso do laço formado por peças de quebra-cabeça para o autismo, saiba o que significam os sinais visuais deixados no vidro, na lataria, na camiseta, entre outros”, finalizam.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

 

 

 

 

 

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